Alma
Um tanto de um raro instante
De uma estante que guarda vento
Um canto de um doce encanto
Do rastro santo desse momento.
Esplendor singelo da paz de agora
Vozes imergem ao orgulho atento
Gritam pra fora o que se aflora
Na breve falta de um movimento
Estática do pleno imo
Assisado fogo de um brio terno
São imagens do espelho turvo
Retidas as dores de um fel medonho
A sombra rouca que reflete sonho
De quem enxerga por trás de tudo.