PRESUNÇÃO
E a vida trouxe-me a este planeta repentinamente,
Enlaçou-me pelo pescoço e, em silêncio, conduziu-me
Através das alfândegas metafísicas que são imortais,
Alojando-me diante dos acordes da existência milenar...
Viva! Assim minhas aurículas compreenderam os tons
Manifestados sob a vontade hipnótica que se me abateu
E se me debruçou perante os homens que traçam o bem,
Uma trilha repleta dos seixos que agonizam perante a noite
Donde se obtém o totem da beleza encardida do dia...
O coração, inalienável, pulsou compulsivamente e me sentenciou:
Serás o poeta das substâncias híbridas que compõem o universo
E desmontarás sobre a Terra em corcéis de outo e prata
A fim de que teus versos sejam relíquias da natureza humana
E, tua vontade, as estrofes que combaterão o ódio e a injustiça...
Assim, diante dum cosmos acinzentado pela pobreza assimétrica,
Desbotarás do azul, o branco que manipulará a paz e a concórdia!
DE Ivan de Oliveira Melo
Escrito em 18/12/2019