POUCA VIDA

Essa estranha e insistente sensação

De estar perdendo o equilíbrio e a razão

Ao perceber que já não obedeço

Ao que sei ser correto, reconheço

E sigo fazendo o que não mais quero

Mesmo que meu querer seja sincero

Sinto, às vezes, que já beiro à loucura

E parece que este mal não tem cura

Não sei, na verdade, se estou louca

Ou se a vida é que se torna tão pouca

Pra se fazer tudo  numa só vida

Sei que o que fiz foi pouco, quase nada

E já não tendo tempo pra virada

Sem lucidez,  farei minha despedida