A falta
Triste, corria o Rio
Na sua toada rotineira
Incrédulo e na sua maneira
Fazia as curvas do seu fio...
Por sobre as costas carregava
A lista insana dos sombrios
Quando na era se esbarrava...
O condutor gélido e vazio...
De pronto, cria-se um estampido
Do fato solto a procurar “habere leoni”
Sublime vítima dos oprimidos...
Caia á terra o grade herói tão destemido
Matara o ânimo, secara a vida
De quem com o âmago retorcido
Condenado fora a ser banido
Da existência, restando vivo...
Tão condenado e oprimido...
Ederval Magalhaes