Revolta
Como cicatriz de um corte fundo
Marcou-me incólume o sentimento
Uma tatuagem que eternamente
Fez de tragédia um moribundo
Rasgando a alma, inundando tudo
Marcando a ferro o meu tormento...
Ferida aberta, sem paz, tortura
Que independente de minha postura
Me dói, corrói meu desalento...
Não mais te ver, não é querer
Deixar de ter minha esperança...
Acreditar no impossível
É confiar na tua volta
É esperar pela bonança
Sublime, breve, suave e incrível
Da tempestade da revolta
Do mundo vil que me forçaram
A conviver com o mais terrível
A tua ausência... A tua falta...
Ederval Magalhães