Como pétalas ao chão
A muito tempo fugi de mim
a muito tempo estive longe de mim, como se o corpo e a alma não fossem um só.
Em ser sem mesmo sabereis;
Fechei a cortina como se a vulnerabilidade fosse parte daquele espetáculo que não queria nem um pouco mostrar.
Logo veio a solitude sem avisar,
O que o tempo dirá
Como se as ultimas pétalas caissem ao chão, sem ao menos questionar o amargo sentido em vão.
A cortina foi fraca de mais como uma ventania forte que um dia acalma mas no outro ela se rasga, se juntar não seria igual;
O fugir de mim depois de um tempo aproximou-se, o corpo avisava, alma gritava, e neste dilema vulnerável abracar-me foi necessário, a clareza da intensidade, em realidade fizeram transparecer sendo um novo ser, que precisa da própria energia sendo sua companhia.
Depois de um tempo aprendi a dizer não, pelo auto cuidado.
depois de um tempo aprendi a dizer não, pelos sentimentos, pela vida;
Doar-se por inteiro aos outros, mas o inteiro estava aos pedaços, foi ser minha prioridade. Quando espetáculo não esta bem o publico não estar la nem pra ver, muito menos te agradecer, quando a cortina se fechar novamente saberei, que independente do tempo eu mesma estarei la, abracando-me, florescendo novas pétalas, pois um lindo espetáculo de primavera irá chegar.