Como pétalas ao chão

A muito tempo fugi de mim

a muito tempo estive longe de mim, como se o corpo e a alma não fossem um só.

Em ser sem mesmo sabereis;

Fechei a cortina como se a vulnerabilidade fosse parte daquele espetáculo que não queria nem um pouco mostrar.

Logo veio a solitude sem avisar,

O que o tempo dirá

Como se as ultimas pétalas caissem ao chão, sem ao menos questionar o amargo sentido em vão.

A cortina foi fraca de mais como uma ventania forte que um dia acalma mas no outro ela se rasga, se juntar não seria igual;

O fugir de mim depois de um tempo aproximou-se, o corpo avisava, alma gritava, e neste dilema vulnerável abracar-me foi necessário, a clareza da intensidade, em realidade fizeram transparecer sendo um novo ser, que precisa da própria energia sendo sua companhia.

Depois de um tempo aprendi a dizer não, pelo auto cuidado.

depois de um tempo aprendi a dizer não, pelos sentimentos, pela vida;

Doar-se por inteiro aos outros, mas o inteiro estava aos pedaços, foi ser minha prioridade. Quando espetáculo não esta bem o publico não estar la nem pra ver, muito menos te agradecer, quando a cortina se fechar novamente saberei, que independente do tempo eu mesma estarei la, abracando-me, florescendo novas pétalas, pois um lindo espetáculo de primavera irá chegar.

Ayslen Reis
Enviado por Ayslen Reis em 10/12/2019
Reeditado em 10/12/2019
Código do texto: T6815681
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