Permita-se
Deixe sua mente viajar,
não há mal em sumir.
Deixe seu corpo flutuar,
sem medo do porvir.
Deixe que teus olhos se entreguem,
ao sono mais profundo.
Que para longe te leve,
até último canto do mundo.
Permita queimar a brasa no teu peito,
como em fogo leve.
Que de pouco a pouco se esgota,
pois é chama breve.
Mais que solta vestígios,
de cada passagem.
Para além do sofrimento,
de uma vida de miragens.
Álvaro De Azevedo