Uma história como outras histórias
Ela quase não sorria
o trabalho a consumia
era assim que ela vivia...
O cotidiano a devorava!
Se a alegria
no seu peito batia,
ela nunca estava!
Dentro dela havia
uma tranca forte
que a mantinha presa
à própria sorte!
Fotos? Nem pensar!
Sentia-se tão feia
que só de olhar
já dava azar.
Quando o coração
apertava a alma
ela se fechava
em sinal de alerta,
a vida lhe parecia
cada vez mais incerta
e ela nada tinha feito
pra que se tornasse deserta.
Seria a morte
ou heresia?
Que consumia
a existência
de uma fêmea
ora sem resiliência?
Não! Não!
Dentro dela havia
um Sol bemol
que revirado
se aflorou em sorriso,
espantou o desamor,
nunca mais
a abandonou
e se agigantou
no improviso
de sorrir sempre,
mesmo em meio à dor!
Sim!
Ela zumbizou
profundo,
mas ressuscitou,
agora brilha
e sorri pro mundo!