Uma história como outras histórias

Ela quase não sorria

o trabalho a consumia

era assim que ela vivia...

O cotidiano a devorava!

Se a alegria

no seu peito batia,

ela nunca estava!

Dentro dela havia

uma tranca forte

que a mantinha presa

à própria sorte!

Fotos? Nem pensar!

Sentia-se tão feia

que só de olhar

já dava azar.

Quando o coração

apertava a alma

ela se fechava

em sinal de alerta,

a vida lhe parecia

cada vez mais incerta

e ela nada tinha feito

pra que se tornasse deserta.

Seria a morte

ou heresia?

Que consumia

a existência

de uma fêmea

ora sem resiliência?

Não! Não!

Dentro dela havia

um Sol bemol

que revirado

se aflorou em sorriso,

espantou o desamor,

nunca mais

a abandonou

e se agigantou

no improviso

de sorrir sempre,

mesmo em meio à dor!

Sim!

Ela zumbizou

profundo,

mas ressuscitou,

agora brilha

e sorri pro mundo!

Narinha Lee
Enviado por Narinha Lee em 05/12/2019
Reeditado em 17/05/2022
Código do texto: T6811184
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