Tempos frígidos

Mãos ocupadas

telas coloridas

corações vazios

em preto e branco

perdidos do Amor

mendigam os filhos

a mesma atenção

destinada as máquinas

o amor é comprado

e vendido nos templos

medido em número

não há tempo

sobra tempo

ócio destrutivo

pessoas objetos

descartáveis, usáveis

era de tolo, sem ouro

enlouquecidos e esquecidos

da vida sem tela

apenas Bela, exuberante,

gritando dentro do ser

só o Amor pode te preencher.