Ilha Grande
No horizonte a imensidão de um mar.
Levo nos olhos o enrugado de um pôr do sol no rosto,
sol que me cobre os limites da pele... Sabe a beijo.
É sentir o fogo ardente de um mar rubro lambendo o cais que me faz ajoelhar.
Não me contive, estarei viva?
O tempo pára mas sem infinitos, aves que gorjeiam ao raiar do dia, pequenas ondas que desmaiam como violinos celestiais.
Terra das mil cores, perdida na eternidade do sol dourado.
Terra dos mil sabores com beijos de mar.
Escuridão da noite namorando o luar, sou janela do tempo com elogios rasgados entre o sol e o rio que se perdem no eterno movimento ondulante da liberdade.
Salto de pedra em pedra, o musgo afaga-me os pés e a água leva-me a inocência.
Volto atrás e sorvo a aragem divina de um tempo!