“GRAN FINALE”

Cinco horas da manhã

Pela réstia da soleira vejo minha vida

Escorrida feito balde derramado

O sol ainda não se dignou no horizonte

Pássaros gorjeiam no seu funesto lamento

Mas aqui, isolado no meu próprio tormento

Ainda aguardo que o astro-rei desponte

Cada manhã.... um novo sentimento...

O tempo passa... já não sei se é bom ou ruim

Se passa devagar ou se apressa...

Pois, se não desejo a morte

A vida agora pouco me interessa...

Diante do meu íntimo agourado e ferido

Aguardo apenas um final

Que sei, não será tão colorido

Posto que já no tempo decorrido

Não vejo honras, feitos, ou altivez

O fim, tem deveras sua vez...

O dia nasce, a hora passa...

E hoje, mais que nunca, outro talvez...

Ederval Magalhães

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 29/11/2019
Código do texto: T6806397
Classificação de conteúdo: seguro