Mar calmo
Pensei que a vida fosse um paradgma, então
tracei um rumo, olhei o vento inchei as velas e fui,
mal sabia que quem põe rumo a ela é Deus e não nós,
logo o vento cessou e eu que pensei
que agindo de certa forma viria a boa sorte e a felicidade.
Cessou-se o vento e logo fui forçado a usar os remos,
para não ficar à deriva, e torcendo por vento,
sobreveio uma tempestade e àquilo que
fora escasso, veio e como ímpeto a fim de me tornar um náufrago,
eu que pensei que com a sua chegada em minha vida,
mostrando uma imensa vontade de ficar eu teria
vento em polpa e mar calmo, ledo engano.
Eu que gostava pouco de você, sofri uma tempestade em meu peito,
e você que prometera ficar, nem olhando em 360 graus
lhe avisto,mais em meu horizonte.
Penso, que não a vida, te levou para longe
mas ela seguiu o seu rumo, sem me consultar
fez do meu barquinho destroço,
me fazendo como menino longe do colo da mãe,
ser resgatado já sem força, pra perceber,
que independente de uma bravio ou marasmo
a vida segue…
E minha luneta, já nem lhe procura mais.
C.A.Martins