Menino Guerreiro
Pelas ladeiras de Olinda
Onde os blocos costumam passar
Agora passa um guerreiro
Sozinho a caminhar
Nem amanheceu o dia
Já teve que ir trabalhar
Ele traça seu roteiro
Para não se atrasar
Pois o pão que ele leva
Vai o povo alimentar
Sobe e desce as ladeiras
E ao chegar na Ribeira
Faz sua primeira entrega
Vai à Rua de São Bento
E lembra-se do sofrimento
Que ele tem que passar
Tem gente pequena em casa
É preciso trabalhar
Já cansado e deprimido
Aquele pobre menino
Caminha com muita fé
Sobe pela Rua do Bonfim
Passa na rua do amparo
Depois lembra assustado
Que a última entrega é na Sé
Nov/2019 16:52