AURIGA

A vida deve ser coisa estranha,

Desse fantástico que nos arranha, na cama

Enigmático, cheio de trama

Um vício a chama sem ser fanático.

Deve ser essa poeira espanada para a rua,

Carregada no colo da ocasião, nua, gemendo

Um deserdar, tremendo no ar da invenção

Um destino bastardo que flutua

E se é tudo isso os dedos que nos rege

A calça, numa invasão aos segredos

o que este tal medo, sege,

Nos calça caminhos de ocultos aedos,

Se já trepamos sem valsas, ritimos iguais,

Numa leveza florida de mistérios reais?

TVeiga
Enviado por TVeiga em 20/11/2019
Reeditado em 20/11/2019
Código do texto: T6799694
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