DIAS DE OUTONO
A incompletude
Ocupa um espaço vazio
Nas noites frias
Nos dias de outono
Nada falta
E falta tudo
Completude é utopia
Precisas incertezas
Se uma metade sorri
A outra chora
A felicidade está logo ali
Onde via de regra
Ninguém procura
Não sei bem o que busco
Mas sigo na estrada
Trilhando caminhos
Que não sei pra onde vão
E o rio que corre
Dentre as veias abertas
Por onde tenho passado
Segue seu rumo
Sabedoria divina
Quisera eu
Ser como a água
Que corre entre as pedras
E saber pra onde vou
A complexidade da alma
Tão humana
Buscando respostas
São esses dias de outono
Trazendo as noites frias
De uma vida que passa
Em mares turbulentos
Bem sei que sou
Efêmera eternidade
De um sopro no universo