DESACORRENTADO
Conquista não é ter
E se tiver, so há quando conquista.
Seja o respeito alquímico da fala-ação,
Ou a produção da idéia vista,
Só há conquista se o corpo se puser em doação,
O pescoço em dilatação,
Frágil e a mostra, dando oportunidade
Aos lábios da vontade de querer como resposta,
Em diálogo sem proposta
Apenas intuição.
Só se conquista os terrenos da carne
Quando a vida acena para a lingua
Per cor r e r a epidereme em úmido arrepio,
Beijo atiaçado no cio,
Seguindo degrau por degrau
Paciente, contra a anciosa guerra que mingua
a foz, secando tal em orgulho frio
Indolente.
Calma ... conquiste ...
Olhe nos olhos deste céu e acaricie a sua luz
Aos poucos, vá retirando o véu
Enquanto a comunicação aos polos seduz,
Sem sufoco
Em correspondências
às ardências; chamas sem limite,
Roubando da vida os seus segredos
Sem palpite,
Sem que as duvidas à razão trema,
Acredite
No titã, nas algmemas,
Liberdade queimando as penas.