As mulheres rendeiras das palafitas
Elas tecem com esmero, como as aranhas as suas teias
Perfeccionistas e brilhantes, focam esmerando suas artes
Enquanto o tempo passa, trabalham fazendo a sua parte
Pouco importa se o vizinho fala: vai cansar tuas belas veias!
Dias e noites elas tecem... Pouco ou quase nada entra nas suas redes
Grita um homem: eu jogo a minha nos mangues, e encho de grandes peixes
Meu barco encalha quando a maré baixa, mas logo eles vêm como feixes
Suficiente para matar a fome e, da sobra, troco por água para matar a sede.
Mulheres fortes e trabalhadeiras, que criam os seus filhos num vasto mangue
De terras planas e águas escuras, que banham e secam debaixo das palafitas
Enquanto rendam, aguardam recostando-se nas janelas com seus teares e fitas
Na remansa das águas que chegam lentas e vão cobrindo as folhas-do-mangue.
Os pescadores partem na calmaria da noite, sem nenhuma lamúria
Esperançosos, conduzem seus velhos barcos, adentrando no lago
Prelúdio do amanhecer, acalentam os vagos sentimentos de afagos
No silêncio das águas mansas, remam esperançosos e sem luxúrias.
Perfeccionistas e brilhantes, focam esmerando suas artes
Enquanto o tempo passa, trabalham fazendo a sua parte
Pouco importa se o vizinho fala: vai cansar tuas belas veias!
Dias e noites elas tecem... Pouco ou quase nada entra nas suas redes
Grita um homem: eu jogo a minha nos mangues, e encho de grandes peixes
Meu barco encalha quando a maré baixa, mas logo eles vêm como feixes
Suficiente para matar a fome e, da sobra, troco por água para matar a sede.
Mulheres fortes e trabalhadeiras, que criam os seus filhos num vasto mangue
De terras planas e águas escuras, que banham e secam debaixo das palafitas
Enquanto rendam, aguardam recostando-se nas janelas com seus teares e fitas
Na remansa das águas que chegam lentas e vão cobrindo as folhas-do-mangue.
Os pescadores partem na calmaria da noite, sem nenhuma lamúria
Esperançosos, conduzem seus velhos barcos, adentrando no lago
Prelúdio do amanhecer, acalentam os vagos sentimentos de afagos
No silêncio das águas mansas, remam esperançosos e sem luxúrias.
Texto e imagem: Miriam Carmignan