Quando tua voz se cala

 
Quando a tua voz se cala diante de dúbias e imaturas interpretações

Desejas passar aos teus convíveres experiências com boas ponderações

Para amenizar as turbulências em que se encontram as pessoas queridas

Constrangedoras essas interferências, no entanto respeitosa e merecida.



Quando estamos no meio de um furacão, fica difícil nos desvencilharmos dos ventos fortes

Mas para quem está do lado de fora, o temor é menor e conseguem ver luz e um norte

Conquanto que nestes profundos ondulares dos redemoinhos, muitas vezes é bom uma ajuda de alguém.



Que ataque no âmago do furacão, desconstruindo para uma nova reconstrução

Com parcimônia e clareza dos nossos vacilantes passos que traçamos na escuridão

Temos um tempo para processar algumas informações e normalmente subjugamos os interlocutores

Nosso orgulho e vaidades que dificultam nas reflexões! Agimos no impulso com tristezas e rancores.



Nos vacilantes passos que as vezes damos falta-nos humildade e mais tolerâncias...

Cabe-nos deixar assentar a poeira, desarmar as barricadas e tentar contemporizar com nossos amores

Potencializar as forças do bem preenchendo as cavernas vazias com menos temores

Ouvir a voz do coração e daquelas que muito nos amam emanando fragrâncias.


 
Texto: Miriam Carmignan