A existência do pensamento
A liberdade de minh ‘alma grita
Na prisão existencial da vida,
Corre em direção ao nada
Para o início, para partida.
O final é sempre o início,
Que se encerra no sofrimento.
O começo nem sempre é caminho,
Na estrada da vida, tropeço.
Quem diz o que “sou”, determina?
Dos olhos tortos que me jugam.
Nem sempre exausto, estou da lida
Nem a poesia é tão compreendida.
Por isso, vou no vagão que vaga
as cinzas de carvão me abrasa,
Do fogo que por dentro queima
No coração o calor que acalenta.
Encontro nos livros, tristes sonetos
Que rimam nos ditosos desterros
Dos autos sagrados
Filho de Deus, Homem sofrido.