A existência do pensamento

A liberdade de minh ‘alma grita

Na prisão existencial da vida,

Corre em direção ao nada

Para o início, para partida.

O final é sempre o início,

Que se encerra no sofrimento.

O começo nem sempre é caminho,

Na estrada da vida, tropeço.

Quem diz o que “sou”, determina?

Dos olhos tortos que me jugam.

Nem sempre exausto, estou da lida

Nem a poesia é tão compreendida.

Por isso, vou no vagão que vaga

as cinzas de carvão me abrasa,

Do fogo que por dentro queima

No coração o calor que acalenta.

Encontro nos livros, tristes sonetos

Que rimam nos ditosos desterros

Dos autos sagrados

Filho de Deus, Homem sofrido.

Handerson Almeida
Enviado por Handerson Almeida em 30/10/2019
Reeditado em 23/11/2023
Código do texto: T6782885
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