Sem ânimo
Ninguém fala.
Parece que o mundo, às vezes, para.
Eu me vejo vencida pelo cansaço.
Em uma velocidade atroz, estagnada.
Exausta de procurar alguma resposta.
De tentar achar soluções para a solidão.
Uma busca incessante e inquietante.
O amor mostra as caras quando vem pulsante.
Ele transborda de dentro para fora.
Caminho sem volta.
Cruzamento com outro sem entender o motivo.
Nem se faz tal pedido.
O amor, no aqui, não deseja ir embora.
Diversos estágios, invencível.
É amor.
Quando aparece e sabe que é para ficar.
Dispensa-se frações de um tempo em demora.
Tudo passa consoante o agora.
Sem correr, ou atrasar o que aparece à tona.
Subitamente, afeto sincero o egoísmo ignora.
E todo o desespero, em exaspero, me liberta.
É a calma do amor, de suspiro, repleto.
Paz que o meu coração inteiramente toma.