Minha mente
Eu tentei rezar, mas não acreditava
E um terço do que eu via
Eram contas presas em uma linha torta.
Talvez por isso,
Eu não seja uma boa companhia.
E me sinta tão inútil
Quanto regar flores de plástico,
Natureza morta.
Tentei cantar, mas me faltou talento
Sempre tive os pés no chão,
E a cabeça no infinito.
Sempre fui como pipa ao vento,
Voando, mas preso.
Minha mente sempre foi um labirinto.
Por isso talvez me achem esquisito.
Minha loucura foi acreditar
Em mundos, seres e numa vida diferente
Louco é o que só vive e nada sente.
Eu sempre vi bem mais que o meu olhar
E sempre fui bem mais, que vossos olhares.
Tenho a mente, como as águas dos mares
Líquida e imprevisível, como amar.