Estrada da morte

Uma estrada escura cercada de camboatás

A combinar com o verde dos fardados

Assusta os inocentes que estão a passar

Pois há um estande de tiros ao ar livre

Os calibres são diversos nas mãos de soldados

Os que foram obrigados a servir a pátria

Os que se alistaram no exército paralelo

E os que atiram antes do mandado

O artista negro que está a passar

Grita com seus braços de apelo

Mas o pelotão dispara dezena de balas

A destruir seu canto popular

E há um paradoxo nesta estrada

Quem deveria escudar o cidadão

É o que mata o sonho do trabalhador

Que se aplica para ganhar o pão

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 21/10/2019
Reeditado em 21/10/2019
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