Estrada da morte
Uma estrada escura cercada de camboatás
A combinar com o verde dos fardados
Assusta os inocentes que estão a passar
Pois há um estande de tiros ao ar livre
Os calibres são diversos nas mãos de soldados
Os que foram obrigados a servir a pátria
Os que se alistaram no exército paralelo
E os que atiram antes do mandado
O artista negro que está a passar
Grita com seus braços de apelo
Mas o pelotão dispara dezena de balas
A destruir seu canto popular
E há um paradoxo nesta estrada
Quem deveria escudar o cidadão
É o que mata o sonho do trabalhador
Que se aplica para ganhar o pão