Meu amigo rio
Meu amigo rio
Pode ser claro ou sombrio
Multidão ou solidão
Mas é um bálsamo anfitrião
Dos corpos navegantes
Do indigente a realeza
Nele, são a mesma gente
Decerto, posses ou pobreza
Nada valem a sua correnteza
Nada podem lhe aprouver
Meu amigo rio
Não escolhe quem escolher
Só percorre seu caminho
E nele se entregam sozinhos
Os que se põem a nele perecer..
Álvaro De Azevedo