NOVELO DA VIDA
Quanto vale
uma vida inteira
cansada da peia
trabalhando por HORAS
Madrugada vadia
do sono refeita
decifrava sonhos
acordando para meus DIAS
Quais aves rasantes
surpreendentes
lancei mil sementes
foram-se os MESES
A neve descendo
branqueou minha estrada
cobrindo os danos
de todos os meus ANOS
Apaguei o quadro
guardei o giz
descerrei a bandeira
o meu guarda- pó
fechei a porta da Escola
que foi toda a minha VIDA
Pendurei minha armas
e no velho balanço
aquietei meu cansaço
enquanto descanso, SONHO
Vou desenrolando
bem satisfeito
meu novelo da vida,
refiz conceitos,
joguei fora o principal
que me fez tanto mal,
o meu próprio, PRECONCEITO