QUANDO EM GANSO-DE-FACE-BRANCA
Sou um ganso de face branca,
Meus hormônios levam a longos voos,
Corro mundo, céu por alameda
E toda minh'alma, alegre e franca,
Não inveja sinos, pois também ressoo
Pelos ares pelos quais minha asa envereda.
Tenho a inocência de anjo que louva,
Mas preso à terra pelo campo magnético
Voo lesto com meus pares antes dissolva
O andamento sinfônico ( o viver eclético).
Trago lembranças de planos e choupos
E se floresço qual flor ou impetro grasnados,
Tive prazeres destinados a bem outros poucos,
O de ter vivido e do modo mais arrebatado !