QUANDO EM GANSO-DE-FACE-BRANCA

Sou um ganso de face branca,

Meus hormônios levam a longos voos,

Corro mundo, céu por alameda

E toda minh'alma, alegre e franca,

Não inveja sinos, pois também ressoo

Pelos ares pelos quais minha asa envereda.

Tenho a inocência de anjo que louva,

Mas preso à terra pelo campo magnético

Voo lesto com meus pares antes dissolva

O andamento sinfônico ( o viver eclético).

Trago lembranças de planos e choupos

E se floresço qual flor ou impetro grasnados,

Tive prazeres destinados a bem outros poucos,

O de ter vivido e do modo mais arrebatado !

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 10/10/2019
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