PASSAGEIRA
No grande vagão desse trem chamado Vida
Ora sou maquinista, ora passageira
Há paisagens verdes e gente oprimida
E versos soltos, poesia estrangeira
Nas passagens e caminhos diversos
Pego-me em passos curtos e sentimentos largos
Transitando entre seres vivos e prosa, versos
Deparando-me com rejeições, prazer e afagos
Meus caminhos são guiados pelo universo
E há estradas com desvios que anseio pegar
A passagem por esse planeta, esse multiverso
É pergunta e resposta de onde vamos chegar
E na longa caminhada há muitas descobertas
E na estrada da vida há muito que fluir
E vem a seca, vem a cheia, vem portas abertas
Alegria abraçada à tristeza no momento de partir.
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)