LEMBRA DO ZÉ?

Aquela figura, alta, esquelética

De pano fino social passado

Com o sapato brilhando

Cigarro aceso nos dedos entrelaçados

Sempre mais um

Caminhava, entrava e saia

Do Excelsior hotel,

Ao banco do estado do Maranhão

Todos já o conhecia em Caxias

Rotina de todo dia

Ver saldo, fazer transações

Contar o que tinha.

Estava ali guardado

Na conta corrente

Do BEM.

E se alguém quisera algo emprestado

Era só falar com o Zé

Se não quisera pagar os juros da mora

Ele não aceitava e dizia:

- Vá se a merda.

WALTER BERG
Enviado por WALTER BERG em 02/10/2019
Reeditado em 02/10/2019
Código do texto: T6759148
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