LEMBRA DO ZÉ?
Aquela figura, alta, esquelética
De pano fino social passado
Com o sapato brilhando
Cigarro aceso nos dedos entrelaçados
Sempre mais um
Caminhava, entrava e saia
Do Excelsior hotel,
Ao banco do estado do Maranhão
Todos já o conhecia em Caxias
Rotina de todo dia
Ver saldo, fazer transações
Contar o que tinha.
Estava ali guardado
Na conta corrente
Do BEM.
E se alguém quisera algo emprestado
Era só falar com o Zé
Se não quisera pagar os juros da mora
Ele não aceitava e dizia:
- Vá se a merda.