CONTRAPONTO
Caminhando...
Entre portentosas montanhas
Do alto de seus elevados cumes
Sou visto como insignificante ponto
A vagar sem rumo em abissal abismo
Há! Um contraponto
Visto por um outro prisma
Vejo-me em vale pulsante de vida
Onde delicadas flores multicores
Gentilmente convidaram-me a bendizer o dom da visão
Nesse exato momento a simplicidade do belo toca-me
Ainda que estivesse em elevada cimeira
Não tocaria o céu e a felicidade mais uma vez
Tornaria-se fugidia ao clamor da arrogância
Estaria cego! Perdido em abismo
Por não enxergar as flores do vale.