EU TE CONTO VIDA MINHA

Até parece que é assim mesmo...

A gente se acostuma.

A euforia de encontrar alguém ideal

Parece que dá adeus,

Fica para o final...

Final da vida.

Eu lembro do início,

Logo quando me separei.

Não acreditei que a minha vida era viver só.

Só eu sei o quanto quebrei a cara

Iludido pelo desejo carnal

Qualquer pessoa​ para mim

Era a pessoa ideal.

Conhecia pessoas de almas mascaradas

E corpos exuberantes.

Mas tudo foi me cansando

Foi secando a poesia

Adormeci no tempo

E hoje eu lembro de como eu era.

Hoje minha vida é feita de águas plácidas

Olhos que lacrimejam a espera de viver um amor

Que minha alma parece que não acredita.

Eu imagino um amor tão bonito

De um rosto tão bonito que não sei descrever.

Na verdade eu nem lembro direito,

Mas é o rosto do meu amor que ficou no passado.

Ficou no passado?

Não ficou.

Ele está na razão da minha vida ter estagnado.

Meu primeiro amor!

Quero de volta em minha vida o doce perfume de viver o primeiro amor.

Quero abandonar a alma ressecada de decepções.

Não mais quero conversar com o vazio.

Quero voltar ao início e trilhar um novo caminho

Carinho do meu primeiro amor

Que me devolve a visão para o bem do amor.

Meu bem está distante

Mas espero que ela leia meu pensamento

Ela conhecer meu ser

Decifra meu sentimento

Um pouco de mim ficou com ela

Ela não me esquece

E eu não esqueço dela

Depois de tantos anos.

O que eu te conto vida minha

É que errei muito

Fui atropelando tudo

Usei dos artifícios dos jogos de sedução

Fui me perdendo

Perdendo...

Mas a perdição maior

Foi ter ignorado o pedido de reconciliação.

A sorte é que enquanto há vida

Há esperança.

Mas eu não dependo de sorte

Sorte é vida ou morte

Eu escolho a vida

A vida que eu vivia com meu primeiro amor.

A vida que eu quero de volta

Pois aprendi que não mereço mais sofrer.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 28/09/2019
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