Nas Ravinas
Pairavam leves sonhos,
voavam os desejos quebrados,
os olvidos se batiam em queixas,
e as cores boiavam,
na escuridão da ravina...
E lá, nenhuma cor se definia em verdade,
uma música se perdia na outra, sem término,
a névoa fina invadia as depressões
voavam os desejos partidos,
no castanho da ravina...
Sons malferiam docemente os ouvidos,
em escalas, camadas,
dominavam os delíquios,
tudo flutuando, vagante,
no verdejante da ravina...