A TUMBA DO MEU AVÔ

A maldade que carrego no peito

Encurvou-me as costas

E empapuçou meus olhos.

O ódio que levanto com as mãos

Quebrou meu braço

E afinou meus dedos.

O desprezo pela humanidade

Que amarrei nos tornozelos, arrasto por onde vou.

Um dia esse desprezo haverá de me ancorar

Na tumba do meu avô.

Só assim poderei ter paz.

Edson de Barros
Enviado por Edson de Barros em 20/09/2019
Código do texto: T6749257
Classificação de conteúdo: seguro