O CAMINHAR DO POETA
O poeta anda torto
traz no rosto
o peso do olhar
da palavra que lhe fita
boa ou maldita
carrega e verga
a ossada ilíaca
mesmo que tísica
do que lhe dentro vai
um saco de hai-kais
duas melancias verbosas
leva à feira de ideias
vírgulas babosas
e assim caminha
dentro da humanidade
com suas mentiras
e suas verdades...