JANGADAS CANSADAS
Francisco Alber Liberato
Antonio Rodrigues Filho
À noite contemplo
Jangadas cansadas
Ao sopro do vento
Nas praias deitadas
Muitas tentam a Europa chegar
Acostumadas a vencer desafios
Sonhando a família ajudar
Incrustadas a grandes navios
Várias retornam frustradas
Com o glamour decepcionadas
Pois o que seria profissão
Um dia acaba sendo prisão
Há que se respeitar as mulheres
Que por falta de opção
Vendem seu amor no bar
E se arriscam a navegar
No mar da prostituição.