Depois.

Era um som que vinha do cristal

Era como que uma espera

Fina fera que espantava o mal

Era como um vento leve

Que te leva a ver o mundo

Lá do alto da colina

Mas depois quebrou-se

Acabou-se o vidro do cristal

Coisa que se quebra à toa

Quando cai

Um barulho de algo bom que voa

Sempre vai...sempre termina

Pra mais tarde olhar-se ao longe

E de longe até parece boa

Mas aquele mesmo som de antes

Durante o tempo que soava bom

Não soa mais

E jamais de novo há de soar igual.

Edson Ricardo Paiva.