Corante
Fogo lindo
Morto vivo
Insiste em continuar insistindo
Além do alcance do meu crivo
Corrosão
Erosão
Perdição
Em meio à multidão
Perco-me de mim, ser são
Os galhos de meu tronco
Afundam em dor
Ao som do tambor
Ramos rimando ao rufor
Escravizam os galhos, sem uma gota de pudor
Assediam-los, cortam-os, lhes negam o amor
Brilho azul
Fogo cru
O incêndio que te antagoniza
É o meu ódio por tu
Ódio vermelho
Feliz em vê-lo
Abro sua tampa
Desejo que canta
Eu o derramo
Sentimento que amo
Joga-me em um canto
Desacerela o meu ano
E a combustão
Antes completa
Torna-se incompleta
Incompleta de todo o frio
Que me contamina
E que me contia