BARCOS II
Barcos vogando no ar
Quisera ser como vós,
/ despreocupados...
O rio beberam todinho
Êi-los livres, contentes, sem pressa:
No que somente querem, água ...
/ e vento:
Nem preocupaação, nem sol...
/ e firmamento !...
Que me levasse o rio
Eu, nele,
Teria tão somente o vou por ir;
Alumbramentos ficaram com o dia,
Agora é noite
Feita pele no breu ao contrapelo
___ ... e as verdadeiras estrelas !...
E é o úmido deixar-se...
___Fluir.
E em verter pelos caminhos
Mágoas, penas, cinzas
E em vasculhar pelos velhos
/ petrechos
__E a flor sonha a face girada
Entre ferrugem
E aos perros...lustrados...
Abrindo os fechos...__
Ais meus,
Nisto sou prisioneiro do medo ,
/ da dúvida;
Nisto me acorrento à margem
/ fixa...
Amar a solidão é ser um barco...
Inaceitável e linda amargura!...
A dor mantém-se acordada
Quero ser um barco, um barco
Um barco balançando
Sem chegada, nem porto,
/ nem partida.
Desde a noite chegada 'tou sozinho.
E a tosse me sofreu como uma
/ ausência.
As formigas negaram-me alimento
Por que me dariam, a mim, as
/ formigas
A compreensão da paz e do
/ alimento?!...
Barcos vogando no ar anoitecido
Anoiteci também, barcos queridos...
Não me ___resignei!...
O vício conservei do queixume...
Como vós não fui,
___ Inaceitei !
Três rios pudesse beberia
Preces faria de candor quase sem
/ jeito !
É impossível sorrir...
É impossível,
Ó céu azul !
Se foi que o Sol
Em dentro em mim
Adormeceu...
Link.: https://youtu.be/4imyIDAJqEg