Juventude transcendida

Lembro-me de coisas

Com formas estranhas.

Que no fundo do escuro

De mim saia.

Do muito que pensava

Quase nada resistia

Mudava como vento

Voava! Frágil pássaro.

A tudo pouco atento.

Era tudo sem jeito

Sem forma ou definição

Prendia-me tal pedra.

Mas de mim fugia razão.

Quando comecei a calma triscar.

Quis de novo voltar

ao centro da turbulência.

Bizarro?

Prazer do coração

Navegar na violência.

Hoje parece-me que fugiu

tudo que um dia sentiu

um acelerado coração

É tão sem fúria!

tão pouca emoção.

Mas gosto dessa calmaria.

Sei que não é mais

A do centro do furacão

Porque se ainda fosse

As músicas de hoje

Não teriam tão bela harmonia.

E de novo um recomeço

Um pouco mais contente

Depois dos mesmos tropeços

Verdadeiros amores, a frente.

C Brito
Enviado por C Brito em 22/07/2019
Código do texto: T6701826
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