NO HORIZONTE DE MEU OLHAR

Mais uma tarde caindo

Vai descendo e sumindo

No horizonte de meu olhar

Todos somos passageiros

Desses barcos tão ligeiros

Que nem se quer se vê passar

E a cada ano que passa

Eu colho mais uma traça

Roendo o meu velho paletó

As moças não me olham mais

Queimam-se as velas dos castiçais

Não me deixe aqui sozinho vovó

Já fui criança e adulto

Considerado homem culto

Agora estou na bengala

Passo o dia vendo televisão

E mergulhado na desilusão

Deitado no sofá da sala!

Escrito as 16:55 hrs., de 19/07/2019 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 19/07/2019
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