NO HORIZONTE DE MEU OLHAR
Mais uma tarde caindo
Vai descendo e sumindo
No horizonte de meu olhar
Todos somos passageiros
Desses barcos tão ligeiros
Que nem se quer se vê passar
E a cada ano que passa
Eu colho mais uma traça
Roendo o meu velho paletó
As moças não me olham mais
Queimam-se as velas dos castiçais
Não me deixe aqui sozinho vovó
Já fui criança e adulto
Considerado homem culto
Agora estou na bengala
Passo o dia vendo televisão
E mergulhado na desilusão
Deitado no sofá da sala!
Escrito as 16:55 hrs., de 19/07/2019 por