SORTE A MINHA...

Sorte a minha ainda estar vivo,

Setas envenenadas lançadas

Pelos aborígenes selvagens

Que se apossaram dos bens

Que eu construí com lágrimas

E muito trabalho, me deram,

Ainda hoje por mim esperam.

Sorte a minha que a mim devo

Quando me entreguei â poesia,

Com todo o amor e dedicação.

Tornando-a a minha boa amiga,

Sorte a minha, ter bem escolhido

O meu maior amor, sem egoísmo,

Que acolho no meu quente ninho,

Onde repouso os pensamentos

Dos meus melhores momentos.

Sorte a minha ainda estar vivo,

Neste turbilhão da vida sofrida

Que vivi sempre em mui perigo,

Sem nunca ter tido uma amiga.

Sorte a minha escrever poesia

Com grande inspiração e amor,

De temas verdadeiros da vida,

Momentos de prazer e de dor.

Sorte a minha morrer um dia,

Na terra onde nasci, ao sabor

Da intensa chuva e maresia,

Antes de chegar ao Salvador.

Ruy Serrano - 15.07.2019

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 15/07/2019
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