Viver e suas complexidades
Todos os dias, minha maior batalha é suprir minhas próprias expectativas, organizar o caos que me confunde e sobreviver aos ácidos que a vida joga na gente aqui e ali.
Poucos sabem, mas tudo me machuca e minha figura sempre forte e contida é cuidadosamente lapidada à cada instante.
Minhas dores poéticas não são nada agradáveis e minhas overdoses de melancolia corrompem meu raciocínio.
Nem meu pacto com a morte me salva de mim, nem mesmo ela consegue me livrar do peso de mim mesma. Eu sempre dou tudo de mim e o que sobra é falho, tem medo e é humana, essencialmente humana.
Glorifico minhas falhas, tento acertar, para não ter que consertar, mas me pego consertando.