Na cabana, duro frio, pesadelo...
CHOPIN - Nocturne
Pesadelo, hipotermia, coração queima;
No sono frio e solitário, alma que ama,
agora em lamento, quase desfalecendo......
Vento abriu a porta, lufada gelada dolorosa
No coração, uma dor, o gelo, como mão
de morte, se introduzindo...
Tudo gira em volta, corpo quase inerte;
O gelo do frio do desalentado sono,
Já não trás mais doce sonho...
E nesse instante de dor sobressaltada
A alma pena de uma pena inesperada
E do quente sol de verão... agora frio
e o coração padece, quebrantado...
Quando vou acordar? Quando o frio vai embora?
Preciso do sol, nessa fria e dolorosa hora,
Meu coração, quase pára... Pára! Não sonhe!
Mas, de repente percebo que o absinto
desse engano não é, porque descubro
que te amo, e já não posso fugir,
sem sentir... E essa dor me diz:
- Te amo!
Mas, e você? - Frio tormento...
Não esperava que pudesse me sentir
quase morrendo, como se do coração
um mal súbito, me sufocando...
E nessa 'cabana fria' a esperança
Já quase fenece, na hipotermia
do sono, que já sonha pesadelo.....
E o amor deixa no lençol o sangue
Que desce enrijecido, narina, pelo frio azul
Da noite fria e dramática, que sinto...
Mais uma noite fria! Mais uma...
Precisa nascer, na manhã que vem
E se aproxima... Preciso sair, vencer
Esse pesadelo, sair daqui...
O sol virá, calor e vida me trará!
Preciso de ajuda! Vou vencer!
Porque amanhã, o sol derreterá
Esse gelo, que grudou no meu coração,
E nele me aquecerei e retornarei,
em paz, e acordarei aquecida...