Eu ainda quero ser boa

Eu fui ensinada a não ferir ninguém, a reconhecer o sentimento alheio

eu gostava disso, saber que de algum modo eu deixa alguém feliz e bem,

eu nunca reclamei ou me importei de oferecer um abraço ou um conselho

era engraçado como a felicidade dos outros era a minha felicidade também.

Quando eu cresci continuei assim, contudo o mundo a minha volta pareceu diferente

achava que prioridade era ser bom, porém para ser bom todos tinham alguma intenção,

tentei entender o que houve com a sociedade, entretanto para eles eu era a incoerente,

as pessoas pareciam mais ter um tumor no peito que um coração.

As vezes me sentia tão ciente das emoções dos outros que isso me machucava,

eu queria consertar as coisas, tentei veemente ser um exercito de uma pessoa só,

eu chorei, assim com também escondi o choro, em busca de uma solução eu me arriscava,

porém a cada tentativa eu era a pessoa de quem eu tinha mais dó.

Ninguém ensina a se curar de um ferimento, pelo menos não os que afligem por dentro

deve ser por isso que eu nunca me acostumei com como as coisas funcionam,

por que uma pessoa fere a outra se no final tudo transforma se em lamento ?

ninguém resolve nada com discussões, isso é algo que apenas decepciona.

Hoje eu ainda quero ser boa, quero olhar para as pessoas e faze-las sorrir

contudo vou tentar entrar num consenso para lidar com minha intensidade,

ela tem que aprender a ser forte, ao mesmo tempo que precisa diminuir,

é preciso se manter fiel a própria a essência, ao mesmo tempo tentar sobreviver a sociedade.

Samanta Zubinha
Enviado por Samanta Zubinha em 26/06/2019
Reeditado em 18/04/2024
Código do texto: T6682250
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