Quisera amor XI
Quisera amor que enfeitasse a vida,
Desse água ao sedento e ao desabrigado guarida.
Que se fizesse ação no dia a dia,
E nos fizesse ao outro dar alegria.
Quisera fazer com que estendesse a mão ao caído, e ao que chora um ombro amigo.
Fazer com que o egoísmo e a mentira fossem destituídos
E não existisse decepção e tristeza, mas alegria e admiração.
Ainda bate o coração!?
Mas o amor foi preterido e pela mais miserável espécie abolido,
Substiuído pela cobiça, engodo e traição,
Apenas homens que visam o lucro e a recompensa,
Que ignoram a fome, a desigualdade, e a sua própria gangrena,
E a necrose que se apoderou de seus decreptos corações.
Quisera amor, que tudo suporta, tudo sofre e tudo crê.
Quisera Ele que me amou sem eu merecer,
Amor que deu sua vida, por pessoa tão indigna pela qual não valeria a pena morrer.
Deplorável, medíocre e desprezível ser
Mas Ele alcançou-me, e me fez viver.
Quisera Amado te amar e te fazer resplandecer, luz nas trevas.
Quisera só Jesus, eu e você.