A TEMPESTADE E O SILÊNCIO
A tempestade
E sua mania de lamber o todo
Levar embora a frágil fertilidade
E as lembranças de verões sólidos
O silêncio
Indesejável como um inseto na sopa
O mundo não tem espaço para hiatos
Segue o fluxo das loucuras
Rumo ao próximo precipício
A tempestade
Impetuosa no seu chocar-se contra o chão
O vento frio e forte solavanca o velho peito
Inunda de aflição os que já vivem a deriva
Enquanto minh’alma aberta parece galeria urbana
Recolhendo destroços de tantos sonhos e deslizes
O silêncio
Bate na porta da cabeça em ebulição
O adeus, o grito e a gargalhada, estampido
A bala perdida aloja-se em alguém impedido
Havia uma direção
O discurso da dizimação
A bonança
E enfim o silêncio
Sepulcral
Na seara do deus que se construiu
Ao longo do tempo e das enchentes
A tempestade
E sua mania de lamber o todo
Levar embora a frágil fertilidade
E as lembranças de verões sólidos
O silêncio
Indesejável como um inseto na sopa
O mundo não tem espaço para hiatos
Segue o fluxo das loucuras
Rumo ao próximo precipício
A tempestade
Impetuosa no seu chocar-se contra o chão
O vento frio e forte solavanca o velho peito
Inunda de aflição os que já vivem a deriva
Enquanto minh’alma aberta parece galeria urbana
Recolhendo destroços de tantos sonhos e deslizes
O silêncio
Bate na porta da cabeça em ebulição
O adeus, o grito e a gargalhada, estampido
A bala perdida aloja-se em alguém impedido
Havia uma direção
O discurso da dizimação
A bonança
E enfim o silêncio
Sepulcral
Na seara do deus que se construiu
Ao longo do tempo e das enchentes