Marionetes sociais

Pessoas iguais

Igualmente únicas

Unicamente elas mesmas

Num mundo tão complexo

Bonecos dispersos

Envelhecem aos poucos

Inumano, o ser humano

Brinca com bonecos

Que são outras pessoas

Ninguém percebe

Ou merece saber

Que irão ser usadas...

"Envelheço na cidade"

Toca-se no rádio do carro

Mais um dia sem emoção

Sociedade banal

Pode ser manipulada, usada e descartada

Como chicletes sem sabor

O cheiro de sangue

Cala os sócios

Medo de serem os próximos

Que a escuridão consuma

Bonecos inarticulados

Que não servem para o propósito

De seguir as regras

Deste jogo de marionetes

Cortei meus fios e agora manipulo...

Outros bonecos

Que não veem suas linhas de divisa