MÊ DE A MÃO

Respiro o que respiras,

vemos as montanhas, as ilhas,

nos perdemos em pensamentos,

nos achamos em nós, por dentro,

somos quadrantes da mesma arquitetura,

somos estrelas na noite mais escura,

diferentes e tão iguais,

os mesmos animais

com razão e sabedoria,

somos, como sabes,

a canção e a poesia,

viemos do mesmo lugar,

saímos do mesmo mar,

estamos em busca

da luz que corusca

dentro do coração,

vamos, andemos juntos,

me dê a mão,

quem nos escreveu

desenhou o meu e o seu

espírito,

então vem, sejamos mais que o mito

da raça humana sobre a terra,

sejamos o grito sideral

da raça que por aqui erra...