Não sei
Nem sei
De tantas falcatruas por aí
Do cotidiano chato
Dos sóis repetitivos
Das sombras passageiras
Dos corações partidos
Nem sei
Da manhã cinzenta
Dessa gente rabugenta
Dos olhares trocados
Do tanto que se inventa
Do falar sem dizer
Nem sei
De mim, cansada
Do nós com nós
De você, sem graça
Do mundo sem amor
Do fingimento de ser em dor