Menina pequena
Ela pegou a caneta e deixou
Os pensamentos sobre tudo no papel
Ou sobre o quase tudo do sim
E o muito que coube no não
À medida em que se aproximavam
Da sua saudade e da sua solidão
Mas, o que eles não sabem
É que de nada valem
Senão, o presente
Do que guarda o ardente
Mistério da vida e seu sentido
Por vezes, plural e reluzente
Voa alto, voa longe
A menina pequena voa
Distancia-se do chão, sem prever alcance
Para, ao final das contas, eles entenderem
Que formam a sua melhor poesia
E ela a sua melhor poetisa em paixão