ENTRE AS NUANÇAS DA VIDA
Os sinais nos aproximam,
Enquanto os fios nos separam.
De longe, agente tenta se ver de perto,
De perto, agente tenta se ter de longe.
Mas eu quero ver,
O que os olhos não me dão.
Mas eu quero sentir
O que a pele não me dar.
As palavras nos enramam,
Enquanto os sentidos nos precipitam.
E com a imaginação vendada,
Eu não posso mais sonhar.
As estradas nos chamam,
Mas o dopar nos adormece.
E a língua das afeiçoes soa estranha,
Em um mundo que grita em silencio.
E olhos que pousam sobre as beiras do céu,
Ler entre as nuanças,
Que o amor é o que sobra,
Depois que o açoite passa,
E nada mais importa.