Ao ostracismo proclamado
Naquele poço tão sombrio 
O criado, afônico, viu-o rompido
Nos urros do poeta prolixo 
Num pranto ao seio, esboçado
Traçado gélido, instintivo

Um papel amassado 
no fundo da lata de lixo
Sujo, coberto de bichos
ninguém sabe o que está escrito

Nele ao olho, nada é legível
Porém, o sentido é explícito
Um papel rasgado, expurgado 
Esquecido por tudo e todos

O poema mais lindo do mundo.
Rafael Ruiz Zafalon de Paula
Enviado por Rafael Ruiz Zafalon de Paula em 17/05/2019
Reeditado em 17/05/2019
Código do texto: T6649766
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